sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

“O que é isso de um quadro muito belo ou de um desenho muito belo? Há uma moldura. (...) Mas a partir de que momento é que se torna belo, isso que está no quadro? A partir do momento em que sabemos ou em que sentimos que o movimento, que a linha que está emoldurada vem de outro lado, que ela não começa no limite da moldura. Ela começou acima, ou ao lado da moldura, e a linha atravessa a moldura. (...) Longe de ser a delimitação da superfície pictural, a moldura é quase o contrário, é a instituição de uma relação imediata com o exterior.” (Gilles Deleuze, “Pensée nomade” in L’île Déserte et Autres Textes, Paris, Éditions de Minuit, 2002, p. 356, trad informal MCC)

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